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Friday, October 7, 2011

Eu escrevo, tu escreves, ele/ela escreve, nós escrevemos, vós escreveis, eles/elas escrevem



Escrever é uma técnica que ao longo da história da humanidade tornou ponto crucial para transformação do estilo de vida, ou seja, não era necessário toda vez descobrir como fazer algo, bastava "ler" e melhorar a condição de vida para muito além da luta básica pela sobrevivência.
No entanto a capacidade de escrever transcende o domínio da arte da escrita em seus vários tipos: cuneiforme (porque cunhavam) criptogramas, demótica, hieróglifos, caracteres, ideogramas, além de saber usar os instrumentos para escrever, é crucial saber o que escrever. A partir de idéias pré-estabelecidas a capacidade de criar exige cada vez mais conhecimento teóricos e quando aplicado se torna sabedoria, necessitando assim aperfeiçoamento também na forma de transmitir essa sabedoria em um canal qualquer, que cada vez mais se espalham no mundo virtual.

Então para saber escrever tem que escrever.
Se não conseguir ligue para o seguinte número de telefone que encontrei em um panfleto na rua, simples e direto:
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-Faço Blogs
Tel.
047 96427048
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E pra quem acha que tem ou pode ter condições de escrever (assim como eu), segue 27 dicas de como "escrever bem":

1. Vc. deve evitar abrev., etc.
2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. "não esqueça das maiúsculas", como já dizia dona loreta, minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.
5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?
9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Use a pontuação corretamente o ponto e a virgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P.R. nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língüa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.

Saturday, July 24, 2010

Ouro verde / artigo




21/07/2010


Opinião


JOÃO LUIZ MAUAD

A explosão da plataforma da British Petroleum no Golfo do México foi uma tragédia. Além da perda de vidas, milhares de barris de óleo cru vazaram durante meses do fundo do mar, trazendo impactos ambientais tremendos. A BP é responsável, sem dúvida alguma, por prejuízos ainda incalculáveis, que demandarão anos e bilhões de dólares para sanar.

Mas o acidente foi também uma dádiva para certo radicalismo ambientalista, há muito imbuído da redentora missão de banir os combustíveis fósseis do convívio humano. Logo de cara, o presidente Obama voltou atrás na decisão de liberar a exploração de petróleo e gás em parte da plataforma continental norteamericana, há décadas proibida por leis ambientais. Em seguida, o mesmo Obama decretou uma moratória da prospecção no Golfo do México. Os governos europeus, por seu turno, ameaçam a indústria petrolífera com tantas novas regulamentações que o próprio negócio pode tornar-se inviável por lá.

Por maiores que tenham sido o desastre e os prejuízos dele derivados, será que essa “guerra santa” é justificável? Se consumimos hidrocarbonetos, é porque eles nos garantem níveis de prosperidade, conforto e mobilidade como nenhum outro combustível. A energia deles obtida melhora nossa saúde, reduz a pobreza, permite uma vida mais longa, segura e melhor. Ademais, o petróleo não nos fornece somente energia, mas também plásticos, fibras sintéticas, asfalto, lubrificantes, tintas e uma infinidade de outros produtos.

“O petróleo talvez seja a mais flexível substância jamais descoberta”, escreveu Robert Bryce em “Power Hungry”, um livro iconoclástico sobre energia. “O petróleo”, diz ele, “mais do que qualquer outra substância, ajudou a encurtar distâncias.

Graças à sua alta densidade energética, ele é o combustível quase perfeito para a utilização em todos os tipos de veículos, de barcos a aviões, de carros a motocicletas. Não importa se medido por peso ou volume, o petróleo refinado produz mais energia do que praticamente qualquer outra substância comumente disponível na natureza. Essa energia é, além de tudo, fácil de manusear, relativamente barata e limpa”.

Caso o petróleo não existisse, brinca Bryce, “teríamos que inventá-lo”.

Mas nem tudo são flores, como bem demonstra o desastre recente. Como quase tudo na vida, há o lado bom e o lado ruim. Estatisticamente, para cada avião produzido, a probabilidade de acidentes aumenta, trazendo riscos aos usuários. Todavia, deixar de construir aviões não seria uma decisão razoável, já que os benefícios gerados superam em muito os eventuais malefícios. Da mesma maneira, ao decidirmos pelo uso medicinal de determinadas drogas, estamos cientes de que uma pequena fração de consumidores é suscetível a efeitos colaterais muitas vezes graves. No entanto, em vista da eficácia dessas substâncias para a maioria, não hesitamos em produzilas. Com efeito, a prospecção de petróleo, principalmente em alto-mar, envolverá sempre riscos. E o fato de ser impossível eliminá-los não é motivo para banir esta dádiva da natureza.

Algum dia, no futuro, haverá fontes de energia tão ou mais abundantes, eficientes, limpas e economicamente viáveis que os hidrocarbonetos. Em termos de rendimento econômico e ambiental, essas novas fontes deverão produzir o máximo de energia, em escala sustentável e, principalmente, no menor espaço possível, já que uma das maiores carências da humanidade é a terra utilizável.

Quanto mais terras nós ocupamos para produzir energia, menos espaço teremos para as florestas, a agricultura e a pecuária. Mas esta revolução energética parece ainda distante. O fato é que as ditas “energias verdes” — solar, eólica e biocombustíveis —, além de estarem bem longe de uma escala sustentável, precisam de grandes espaços para que sejam minimamente viáveis.

Portanto, se excluirmos da equação o (discutível) argumento das mudanças climáticas, uma coisa torna-se inescapavelmente clara: os combustíveis fósseis têm sido uma grande bênção, não só para a humanidade, mas para o meio ambiente. Foi graças a eles, por exemplo, que o óleo de baleia e a madeira deixaram de ser utilizados como combustível, seja para iluminação, para aquecer as residências ou para fazer mover os veículos. Sem o petróleo, o gás e o carvão mineral, provavelmente teríamos hoje muito menos baleias, florestas e parques.

Por mais que isto possa parecer estranho a alguns, a verdadeira energia verde são os combustíveis fósseis.


fONTE:http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/selecao-diaria-de-noticias/midias-nacionais/brasil/o-globo/2010/07/21/ouro-verde-artigo