Sunday, December 2, 2018
Thursday, August 9, 2018
As (hoje em dia) minorias
A história da humanidade passa necessariamente por povos que
viveram em comunidades que possuíam organizações e métodos de existência
próprios, a preservação de culturas e tradições possuem valores que vão além da
simples analise individuais
Se torna necessário criação e ampliação de leis de proteção
aos que hoje são minorias, como por exemplo os índios, demonstrando assim a evolução da preocupação com
humanidade com suas origens, desenvolvimento maior do respeito ao próximo e garantias
da proteção para continuação de diferentes culturas.
Não é o fim de todo ser humano obrigatoriamente
mudar de costumes, seguir a chamada evolução e serem todos seguidores de um
mesmo estilo de vida, nem a necessidade da diminuição da cultura do próximo
para que a sua cultura seja melhor, mas sim é necessário conhecer, entender,
assimilar e agregar aos nossos círculos de influência conhecimentos e costumes
que nos fazem ser melhores para nós e nosso próximo.#WeAreIndigenous, #IndigenousDay, #IndigenousPeoplesDay #UNDRIP
Sunday, February 11, 2018
missão Hérculea
Ao estudar sempre vem a mente que algo está em jogo, qual será o resultado das centenas de horas pensadas e sentadas.
Os desafios em manter uma coesão de fatores, condições e situações constantemente exige cada vez uma maior concentração, para então se ter um ritmo de entendimento e assimilação de assuntos que se propõe a estudar, dedicação e visão ampla e reavaliação de resultados, é a constante e cansativa rotina que só os fortes conseguem.
Os desafios em manter uma coesão de fatores, condições e situações constantemente exige cada vez uma maior concentração, para então se ter um ritmo de entendimento e assimilação de assuntos que se propõe a estudar, dedicação e visão ampla e reavaliação de resultados, é a constante e cansativa rotina que só os fortes conseguem.
Monday, August 14, 2017
Friday, October 14, 2011
Filatelia é para poucos
Algo tão pequeno, simples e corriqueiro que a cada dia necessitamos cada vez menos na era digital, assim se torna cada vez mais raro, o selo, que pode ser admirado, numa carta num álbum de colecionador, em uma edição que ganha destaque na mídia edição, como o selo do Lula, queria muito.
Os selos podem ser colecionados por temas, por país, por ano ou geral mesmo sendo todos os que cairem em suas mãos, tá valendo.Eles são de todos os tipos, e muitas vezes é possível comparar as várias culturas retratadas nessas mini obras de arte.
Os requisitos, para a colecionar são, paciência, tempo, dinheiro, capacidade de negociar, organizar, trocar, convencer outros viciados no assunto a manter as trocas e negoiações.
Para analisar o nível em que chegam o preços dos selos:
O selo americano Jenny, foi vendida por quase US$ 3 milhões, porq foi impresso com um avião ao contrário, apareceu até nos simpsosn(Delíriooo)
A série Olho-de-Boi, brasieliro, que circulou entre 1843 e 1844, rarissímo US$770.000,00 (a tira)
O suéco Treskilling Amarelo entre 1,5 e 2 milhões de euros
O Black on Magenta da Guiana Britânica,Impresso em 1867,
O U. S. Franklin Z-Grill, 930 mil dólares.
Tem até a casa filatélica Stanley Gibbons (http://www.stanleygibbons.com) considerada a equivalente ao Índice Dow Jones, uma vez que ela realiza avaliações de preços de selos em nível mundial.
Outros sites especializados
http://www.stamps.org/
Loja virtual dos correios: http://shopping.correios.com.br/wbm/store/script/store.aspx?cd_company=ErZW8Dm9i54=
Para os filatelistas de plantão, um presente simples, mas significativo.
Os requisitos, para a colecionar são, paciência, tempo, dinheiro, capacidade de negociar, organizar, trocar, convencer outros viciados no assunto a manter as trocas e negoiações.
Para analisar o nível em que chegam o preços dos selos:
O selo americano Jenny, foi vendida por quase US$ 3 milhões, porq foi impresso com um avião ao contrário, apareceu até nos simpsosn(Delíriooo)
A série Olho-de-Boi, brasieliro, que circulou entre 1843 e 1844, rarissímo US$770.000,00 (a tira)
O suéco Treskilling Amarelo entre 1,5 e 2 milhões de euros
O Black on Magenta da Guiana Britânica,Impresso em 1867,
O U. S. Franklin Z-Grill, 930 mil dólares.
Tem até a casa filatélica Stanley Gibbons (http://www.stanleygibbons.com) considerada a equivalente ao Índice Dow Jones, uma vez que ela realiza avaliações de preços de selos em nível mundial.
Outros sites especializados
http://www.stamps.org/
Loja virtual dos correios: http://shopping.correios.com.br/wbm/store/script/store.aspx?cd_company=ErZW8Dm9i54=
Para os filatelistas de plantão, um presente simples, mas significativo.
Friday, October 7, 2011
Eu escrevo, tu escreves, ele/ela escreve, nós escrevemos, vós escreveis, eles/elas escrevem
Escrever é uma técnica que ao longo da história da humanidade tornou ponto crucial para transformação do estilo de vida, ou seja, não era necessário toda vez descobrir como fazer algo, bastava "ler" e melhorar a condição de vida para muito além da luta básica pela sobrevivência.
No entanto a capacidade de escrever transcende o domínio da arte da escrita em seus vários tipos: cuneiforme (porque cunhavam) criptogramas, demótica, hieróglifos, caracteres, ideogramas, além de saber usar os instrumentos para escrever, é crucial saber o que escrever. A partir de idéias pré-estabelecidas a capacidade de criar exige cada vez mais conhecimento teóricos e quando aplicado se torna sabedoria, necessitando assim aperfeiçoamento também na forma de transmitir essa sabedoria em um canal qualquer, que cada vez mais se espalham no mundo virtual.
Então para saber escrever tem que escrever.
Se não conseguir ligue para o seguinte número de telefone que encontrei em um panfleto na rua, simples e direto:
-----------------------
-Faço Blogs
Tel.
047 96427048
------------------------
E pra quem acha que tem ou pode ter condições de escrever (assim como eu), segue 27 dicas de como "escrever bem":
1. Vc. deve evitar abrev., etc.
2. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. "não esqueça das maiúsculas", como já dizia dona loreta, minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.
5. Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?
9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.
10. Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.
11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Use a pontuação corretamente o ponto e a virgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda a A.G.O.P.R. nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!
25. Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língüa portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
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praticar
Monday, September 19, 2011
.Marx estava certo... sobre o capitalismo
Como efeito colateral da crise financeira, mais e mais pessoas estão começando a pensar que Karl Marx estava certo. O grande filósofo, economista e revolucionário alemão do século 19 acreditava que o capitalismo era radicalmente instável.
Ele tem uma tendência intrínseca de produzir avanços e fracassos cada vez maiores, e no longo prazo, ele estava destinado a se autodestruir.
Marx saudava a autodestruição do capitalismo. Ele era confiante que uma revolução popular ocorreria e daria origem um sistema comunista que seria mais produtivo e muito mais humano.
Marx estava errado sobre o comunismo. Aquilo sobre o que ele estava profeticamente certo era a sua compreensão da revolução do capitalismo. Não era somente a instabilidade endêmica do capitalismo que ele compreendia, embora neste sentido ele fosse muito mais perspicaz do que a maioria dos economistas da sua época e da nossa.
Mais profundamente, Marx compreendeu como o capitalismo destrói a sua própria base social - o meio de vida da classe média. A terminologia marxista de burguês e proletário tem um tom arcaico.
Mas quando ele argumentava que o capitalismo iria arrastar as classes médias a algo parecido com a existência precária dos sobrecarregados trabalhadores de sua época, Marx previu uma mudança na maneira como vivemos à qual só agora estamos lutando para nos adaptarmos.
Marx escreveu o Manifesto Comunista com Friedrich Engels
Ele via o capitalismo como o sistema econômico mais revolucionário da história, e não pode haver dúvida de que ele se diferencia daqueles que vieram antes dele.
Os caçadores e coletores persistiram nesta forma de vida por milhares de anos, enquanto as culturas escravagistas permaneceram assim por quase o mesmo tempo, e as sociedades feudais sobreviveram por muitos séculos. Em contraste, o capitalismo transforma tudo que ele toca.
Não são só as marcas que estão mudando constantemente. As empresas e as indústrias são criadas e destruídas em um fluxo incessante de inovação, enquanto as relações humanas são dissolvidas e reinventadas em novas formas.
O capitalismo foi descrito como um processo de destruição criativa, e ninguém pode negar que ele foi prodigiosamente produtivo. Praticamente qualquer um que esteja vivo na Grã-Bretanha hoje tem uma renda real maior do que eles teriam se o capitalismo nunca tivesse existido.
Retorno negativo
O problema é que entre as coisas que foram destruídas no processo está o estilo de vida do qual o capitalismo dependia no passado.
Defensores do capitalismo argumentam que ele oferece a todos os benefícios que, na época de Marx, eram desfrutados somente pela burguesia, a classe média estabelecida que possuía capital e tinha um razoável nível de segurança e liberdade em suas vidas.
No capitalismo do século 19, a maioria das pessoas não tinha nada. Elas viviam de vender o seu trabalho, e quando os mercados entravam em queda, eles enfrentavam tempos difíceis. Mas à medida que o capitalismo evolui, seus defensores dizem, um número crescente de pessoas pode se beneficiar dele.
Os mercados apresentam muita volatilidade
Carreiras bem-sucedidas não serão mais a prerrogativa de uns poucos. As pessoas não terão dificuldades todo mês para subsistir com base em um salário inseguro. Protegidos pelas economias, pela casa que possume e uma pensão decente, eles serão capazes de planejar suas vidas sem medo.
Com o crescimento da democracia e a distribuição da riqueza, ninguém precisará ser privado da vida burguesa. Todo mundo poderá ser da classe média.
Na verdade, na Grã-Bretanha, nos EUA e em muitos outros países desenvolvidos nos últimos 20 ou 30 anos, o contrário vem ocorrendo. A segurança do emprego não existe, as atividades e as profissões do passado em grande parte acabaram e as carreiras que duram uma vida inteira são meramente lembranças.
Se as pessoas têm qualquer riqueza, isto está nas suas casas, mas os preços dos imóveis nem sempre crescem. Quando o crédito fica restrito como agora, eles podem ficar estagnados por anos. Uma minoria cada vez menor pode contar com uma pensão com a qual pode viver confortavelmente, e não são muitos os que tem economias significativas.
Mais e mais pessoas vivem um dia de cada vez, com pouca noção do que o futuro pode reservar. AS pessoas da classe média costumavam imaginar as suas vidas desdobradas em uma progressão ordenada. Mas não é mais possível olhar para uma vida como uma sucessão de estágios em que cada um é um passo dado a partir do último.
No processo da destruição criativa, a escada foi afastada, e para um número cada vez maior de pessoas, uma existência de classe média não é mais sequer uma aspiração.
Assumindo riscos
Enquanto o capitalismo avançava, ele devolveu as pessoas a uma nova versão da existência precária do proletariado de Marx. As nossas rendas são muito maiores, e em algum grau nós estamos protegidos contra os choques por aquilo que resta do Estado de bem-estar social do pós-guerra.
Mas nós temos muito pouco controle efetivo sobre o curso das nossas vidas, e a incerteza na qual vivemos está sendo piorada pelas políticas voltadas para lidar com a crise financeira.
As taxas de juros a zero em meio a preços crescentes querem dizer que as pessoas estão tendo um retorno negativo de seu dinheiro, e ao longo do tempo o seu capital está se erodindo.
"Hoje, não existe o porto seguro. As rotações do mercado são tais que ninguém pode saber o que terá valor dentro de alguns anos."
John Gray, filósofo político
A situação de muitas das pessoas mais jovens é ainda pior. Para adquirir os talentos de que precisa, a pessoa tem de se endividar. Já que em algum ponto será necessário se reciclar, é preciso tentar economizar, mas se a pessoa está endividada desde o começo, esta é a última coisa que ela poderá fazer.
Não importa a sua idade, a perspectiva que a maioria das pessoas enfrenta é de uma vida de insegurança.
Ao mesmo tempo em que privou as pessoas da segurança da vida burguesa, o capitalismo criou o tipo de pessoa que vive a obsoleta vida burguesa. Nos anos 80, havia muita conversa sobre valores vitorianos, e propagandistas do livre mercado costumavam argumentar que ele traria de volta para nós os íntegros valores de outrora.
Para muitos, as mulheres e os pobres, por exemplo, estes valores vitorianos podem ser bastante ilógicos em seus efeitos. Mas o fato mais importante é que o livre mercado funciona para corroer as virtudes que mantêm a vida burguesa.
Quando as economias estão se perdendo, ser econômico pode ser o caminho para a ruína. É a pessoa que toma pesados empréstimos e não tem medo de declarar a insolvência que sobrevive e consegue prosperar.
Quando o mercado de trabalho está altamente volátil, não são aqueles que se mantém obedientemente fiéis a sua tarefa que são bem-sucedidos, e sim as pessoas que estão sempre prontas para tentar algo novo e que parece mais promissor.
Em uma sociedade que está sendo continuamente transformada pelas forças do mercado, os valores tradicionais são disfuncionais, e qualquer um que tentar viver com base neles está arriscado a acabar no ferro-velho.
Vasta riqueza
Olhando para um futuro no qual o mercado permeia cada canto da vida, Marx escreveu no 'Manifesto Comunista': "Tudo que é sólido se desmancha no ar". Para alguém que vivia na Grã-Bretanha no início do período vitoriano - o Manifesto foi publicado em 1848 -, isto era uma observação incrivelmente perspicaz.
Naquela época, nada parecia mais sólido que a sociedade às margens daquela em que Marx vivia. Um século e meio depois, nos encontramos no mundo que ele previu, onde a vida de todo mundo é experimental e provisória, e a ruína súbita pode ocorrer a qualquer momento.
Medidas de austeridade para reduzir dívida grega acabaram em revoltas
Uns poucos acumularam uma vasta riqueza, mas mesmo isso tem uma característica evanescente, quase espectral. Na época vitoriana, os muito ricos podiam relaxar, desde que eles fossem conservadores com a maneira como eles investiam seu dinheiro. Quando os heróis dos romances de Dickens finalmente recebem sua herança, eles nunca mais fazem nada na vida.
Hoje, não existe o porto seguro. As rotações do mercado são tais que ninguém pode saber o que terá valor dentro de alguns anos.
Este estado de inquietação perpétua é a revolução permanente do capitalismo, e eu acho que ele vai ficar conosco em qualquer futuro que seja realisticamente imaginável. Nós estamos apenas no meio do caminho de uma crise financeira que ainda deixará muitas coisas de cabeça para baixo.
As moedas e os governos provavelmente ficarão de ponta-cabeça, junto de partes do sistema financeiro que nós acreditávamos estar a salvo. Os riscos que ameaçavam congelar a economia mundial apenas três anos atrás não foram enfrentados. Eles foram simplesmente deslocados para os Estados.
Não importa o que políticos nos digam sobre a necessidade de controlar o déficit. Dívidas do tamanho das que foram contraídas não podem ser pagas. Elas quase que certamente serão infladas - um processo que está destinado a ser doloroso e empobrecedor para muitos.
O resultado só pode ser mais revoltas, em uma escala ainda maior. Mas isto não será o fim do mundo, ou mesmo do capitalismo. Aconteça o que acontecer, nós ainda teremos que aprender a viver com a energia mercurial que o mercado emitiu.
O capitalismo levou a uma revolução, mas não a que Marx esperava. O feroz pensador alemão odiava a vida burguesa e queria que o comunismo a destruísse. E assim como ele previu, o mundo burguês foi destruído.
Mas não foi o comunismo que conseguiu esta proeza. Foi o capitalismo que eliminou a burguesia.
Ele tem uma tendência intrínseca de produzir avanços e fracassos cada vez maiores, e no longo prazo, ele estava destinado a se autodestruir.
Marx saudava a autodestruição do capitalismo. Ele era confiante que uma revolução popular ocorreria e daria origem um sistema comunista que seria mais produtivo e muito mais humano.
Marx estava errado sobre o comunismo. Aquilo sobre o que ele estava profeticamente certo era a sua compreensão da revolução do capitalismo. Não era somente a instabilidade endêmica do capitalismo que ele compreendia, embora neste sentido ele fosse muito mais perspicaz do que a maioria dos economistas da sua época e da nossa.
Mais profundamente, Marx compreendeu como o capitalismo destrói a sua própria base social - o meio de vida da classe média. A terminologia marxista de burguês e proletário tem um tom arcaico.
Mas quando ele argumentava que o capitalismo iria arrastar as classes médias a algo parecido com a existência precária dos sobrecarregados trabalhadores de sua época, Marx previu uma mudança na maneira como vivemos à qual só agora estamos lutando para nos adaptarmos.
Marx escreveu o Manifesto Comunista com Friedrich Engels
Ele via o capitalismo como o sistema econômico mais revolucionário da história, e não pode haver dúvida de que ele se diferencia daqueles que vieram antes dele.
Os caçadores e coletores persistiram nesta forma de vida por milhares de anos, enquanto as culturas escravagistas permaneceram assim por quase o mesmo tempo, e as sociedades feudais sobreviveram por muitos séculos. Em contraste, o capitalismo transforma tudo que ele toca.
Não são só as marcas que estão mudando constantemente. As empresas e as indústrias são criadas e destruídas em um fluxo incessante de inovação, enquanto as relações humanas são dissolvidas e reinventadas em novas formas.
O capitalismo foi descrito como um processo de destruição criativa, e ninguém pode negar que ele foi prodigiosamente produtivo. Praticamente qualquer um que esteja vivo na Grã-Bretanha hoje tem uma renda real maior do que eles teriam se o capitalismo nunca tivesse existido.
Retorno negativo
O problema é que entre as coisas que foram destruídas no processo está o estilo de vida do qual o capitalismo dependia no passado.
Defensores do capitalismo argumentam que ele oferece a todos os benefícios que, na época de Marx, eram desfrutados somente pela burguesia, a classe média estabelecida que possuía capital e tinha um razoável nível de segurança e liberdade em suas vidas.
No capitalismo do século 19, a maioria das pessoas não tinha nada. Elas viviam de vender o seu trabalho, e quando os mercados entravam em queda, eles enfrentavam tempos difíceis. Mas à medida que o capitalismo evolui, seus defensores dizem, um número crescente de pessoas pode se beneficiar dele.
Os mercados apresentam muita volatilidade
Carreiras bem-sucedidas não serão mais a prerrogativa de uns poucos. As pessoas não terão dificuldades todo mês para subsistir com base em um salário inseguro. Protegidos pelas economias, pela casa que possume e uma pensão decente, eles serão capazes de planejar suas vidas sem medo.
Com o crescimento da democracia e a distribuição da riqueza, ninguém precisará ser privado da vida burguesa. Todo mundo poderá ser da classe média.
Na verdade, na Grã-Bretanha, nos EUA e em muitos outros países desenvolvidos nos últimos 20 ou 30 anos, o contrário vem ocorrendo. A segurança do emprego não existe, as atividades e as profissões do passado em grande parte acabaram e as carreiras que duram uma vida inteira são meramente lembranças.
Se as pessoas têm qualquer riqueza, isto está nas suas casas, mas os preços dos imóveis nem sempre crescem. Quando o crédito fica restrito como agora, eles podem ficar estagnados por anos. Uma minoria cada vez menor pode contar com uma pensão com a qual pode viver confortavelmente, e não são muitos os que tem economias significativas.
Mais e mais pessoas vivem um dia de cada vez, com pouca noção do que o futuro pode reservar. AS pessoas da classe média costumavam imaginar as suas vidas desdobradas em uma progressão ordenada. Mas não é mais possível olhar para uma vida como uma sucessão de estágios em que cada um é um passo dado a partir do último.
No processo da destruição criativa, a escada foi afastada, e para um número cada vez maior de pessoas, uma existência de classe média não é mais sequer uma aspiração.
Assumindo riscos
Enquanto o capitalismo avançava, ele devolveu as pessoas a uma nova versão da existência precária do proletariado de Marx. As nossas rendas são muito maiores, e em algum grau nós estamos protegidos contra os choques por aquilo que resta do Estado de bem-estar social do pós-guerra.
Mas nós temos muito pouco controle efetivo sobre o curso das nossas vidas, e a incerteza na qual vivemos está sendo piorada pelas políticas voltadas para lidar com a crise financeira.
As taxas de juros a zero em meio a preços crescentes querem dizer que as pessoas estão tendo um retorno negativo de seu dinheiro, e ao longo do tempo o seu capital está se erodindo.
"Hoje, não existe o porto seguro. As rotações do mercado são tais que ninguém pode saber o que terá valor dentro de alguns anos."
John Gray, filósofo político
A situação de muitas das pessoas mais jovens é ainda pior. Para adquirir os talentos de que precisa, a pessoa tem de se endividar. Já que em algum ponto será necessário se reciclar, é preciso tentar economizar, mas se a pessoa está endividada desde o começo, esta é a última coisa que ela poderá fazer.
Não importa a sua idade, a perspectiva que a maioria das pessoas enfrenta é de uma vida de insegurança.
Ao mesmo tempo em que privou as pessoas da segurança da vida burguesa, o capitalismo criou o tipo de pessoa que vive a obsoleta vida burguesa. Nos anos 80, havia muita conversa sobre valores vitorianos, e propagandistas do livre mercado costumavam argumentar que ele traria de volta para nós os íntegros valores de outrora.
Para muitos, as mulheres e os pobres, por exemplo, estes valores vitorianos podem ser bastante ilógicos em seus efeitos. Mas o fato mais importante é que o livre mercado funciona para corroer as virtudes que mantêm a vida burguesa.
Quando as economias estão se perdendo, ser econômico pode ser o caminho para a ruína. É a pessoa que toma pesados empréstimos e não tem medo de declarar a insolvência que sobrevive e consegue prosperar.
Quando o mercado de trabalho está altamente volátil, não são aqueles que se mantém obedientemente fiéis a sua tarefa que são bem-sucedidos, e sim as pessoas que estão sempre prontas para tentar algo novo e que parece mais promissor.
Em uma sociedade que está sendo continuamente transformada pelas forças do mercado, os valores tradicionais são disfuncionais, e qualquer um que tentar viver com base neles está arriscado a acabar no ferro-velho.
Vasta riqueza
Olhando para um futuro no qual o mercado permeia cada canto da vida, Marx escreveu no 'Manifesto Comunista': "Tudo que é sólido se desmancha no ar". Para alguém que vivia na Grã-Bretanha no início do período vitoriano - o Manifesto foi publicado em 1848 -, isto era uma observação incrivelmente perspicaz.
Naquela época, nada parecia mais sólido que a sociedade às margens daquela em que Marx vivia. Um século e meio depois, nos encontramos no mundo que ele previu, onde a vida de todo mundo é experimental e provisória, e a ruína súbita pode ocorrer a qualquer momento.
Medidas de austeridade para reduzir dívida grega acabaram em revoltas
Uns poucos acumularam uma vasta riqueza, mas mesmo isso tem uma característica evanescente, quase espectral. Na época vitoriana, os muito ricos podiam relaxar, desde que eles fossem conservadores com a maneira como eles investiam seu dinheiro. Quando os heróis dos romances de Dickens finalmente recebem sua herança, eles nunca mais fazem nada na vida.
Hoje, não existe o porto seguro. As rotações do mercado são tais que ninguém pode saber o que terá valor dentro de alguns anos.
Este estado de inquietação perpétua é a revolução permanente do capitalismo, e eu acho que ele vai ficar conosco em qualquer futuro que seja realisticamente imaginável. Nós estamos apenas no meio do caminho de uma crise financeira que ainda deixará muitas coisas de cabeça para baixo.
As moedas e os governos provavelmente ficarão de ponta-cabeça, junto de partes do sistema financeiro que nós acreditávamos estar a salvo. Os riscos que ameaçavam congelar a economia mundial apenas três anos atrás não foram enfrentados. Eles foram simplesmente deslocados para os Estados.
Não importa o que políticos nos digam sobre a necessidade de controlar o déficit. Dívidas do tamanho das que foram contraídas não podem ser pagas. Elas quase que certamente serão infladas - um processo que está destinado a ser doloroso e empobrecedor para muitos.
O resultado só pode ser mais revoltas, em uma escala ainda maior. Mas isto não será o fim do mundo, ou mesmo do capitalismo. Aconteça o que acontecer, nós ainda teremos que aprender a viver com a energia mercurial que o mercado emitiu.
O capitalismo levou a uma revolução, mas não a que Marx esperava. O feroz pensador alemão odiava a vida burguesa e queria que o comunismo a destruísse. E assim como ele previu, o mundo burguês foi destruído.
Mas não foi o comunismo que conseguiu esta proeza. Foi o capitalismo que eliminou a burguesia.
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capitalismo
Tuesday, July 26, 2011
Tão Simples
E tudo tão simples na vida. Mas vida simples é só o nome daquela revista. Então podemos ver que algo tão simples como uma ampliação de 250 vezes de um grão de areia. (Clica no título para ver a foto)
Talvez se pense que são fotos de lugares super incríveis em que estão esses distintos grão de areia, mas devem estar em nosso sapato nesse momento.
Mas em tudo em nossa vida deve ser assim, buscamos o que é incrível nos mais distantes lugares nas mais distintas coisas, mas se tivermos atenção paciência, desejo sincero e empenho podemos ver tudo de várias maneiras.
Talvez se pense que são fotos de lugares super incríveis em que estão esses distintos grão de areia, mas devem estar em nosso sapato nesse momento.
Mas em tudo em nossa vida deve ser assim, buscamos o que é incrível nos mais distantes lugares nas mais distintas coisas, mas se tivermos atenção paciência, desejo sincero e empenho podemos ver tudo de várias maneiras.
Tuesday, March 22, 2011
#diamundialdaagua
Cada dia existe um dia para cada coisa.
Como o livro de Eclesiastes, cita sobre que tudo tem seu tempo determinado. Hoje 22 de Março é o dia da água, penso no dia em que não teremos mais essa bendita água para para comemorar ou comemorar in memorian.
Existe ou deve existir um lugar nesse mundão em que essa fonte será menos radical a sua busca e seu custo será suportável para obter, e que não seja luta diária. e é nesse lugar que quero estar, e plantar minhas sementes.
Também a abundância da mesma de repente é aterrorizador, a falta que a cada dia é um pouco maior é inevitável, e por fim somente me faz pensar (em certos momentos tomar atitude) de onde está como conservar essa fonte inesgotável, e no final lembrar do fornecedor dessa água; Jesus Cristo: - Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
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Jesus fonte de água
Thursday, February 3, 2011
copy 'n paste
Ainda me pergunto se a TV influencia na minha vida, como nesse grafite do artista Bansky, que na minha opinião é o cara, em sua mensagem política, ou sarcástica, incompreensível. Não devo copiar oq vejo nos simpsons. Ainda lembro do livro A filosofia dos Simpsons e que idiotices que se assemelham muito a minha vida idiota.
retrato da realidade escondido retratado na falsa realidade
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